O texto a seguir é o resumo da tradução de uma adaptação escrita em 1988, feita por Heloisa Prieto, em 2014, do livro escrito por Alexandre Dumas em 1844-45.
A adaptação e sua tradução, se inicia com o relato das ocorrências do navio Faraó durante sua viagem de Esmirna, na Turquia, até Marselha, na França, durante a qual o seu capitão Leclère faleceu e tendo o seu imediato Dantès assumido o seu comando.
Durante a viagem Dantès conduziu o navio até a Ilha de Elba para entregar uma carta ao Rei Napoleão, último pedido do capitão retardando a viagem em um dia e meio. No porto de chegada se encontrava o dono do navio, o armador Morrel que passou a ouvir o relato de Dantés e decidiu por nomeá-lo capitão em substituição a Leclère, causando ciúmes em outro tripulante chamado Danglars. Morrel também convidou Dantès para um jantar, mas Dantès o recusou porque desejava logo se reencontrar com seus pais e sua namorada Mercedes.
Mercedes já estava à espera de Dantès e conversava com seu amigo Fernand que era apaixonado e queria se casar com ela. Ao ver a chegada de Dantès, Fernand ficou mudo e imóvel como uma estátua e não cumprimentou Dantès. Logo em seguida Fernand saiu da casa e se encontrou com Danglars e ambos foram a uma taberna. Lá conversaram e Danglars sentiu a raiva de Fernand e pensou em vingar-se de Dantès usando Fernand e disse: Tive uma ideia genial! Dantès não conseguirá se casar com Mercedes e jamais será o capitão do Faraó.
Danglars então explica seu plano para Fernand dizendo que irá escrever uma carta que denuncia Dantès como um agente secreto de Napoleão Bonaparte e Dantès será preso. Para ele não importava o que iria acontecer desde que Dantès não se tornasse capitão do Faraó. Depois de escrever uma carta anônima Danglars joga-a no lixo e Fernand a retira, guardando-a no bolso o que lhe deu esperança de que o Fernand irá cumprir o seu plano de arruinar o Dantès.
Durante a comemoração de seu noivado na casa de seu pai, Dantès foi preso por determinação do substituto do procurador do Rei, Gérard de Villefort. A carta anônima tinha atingido o objetivo de Danglars. A carta denunciava que Dantès, durante sua estada na Ilha de Elba, tinha recebido uma carta de Napoleão para entregá-la para o comitê bonapartista de Paris, e isto é considerado como uma traição ao Rei.
No trajeto para o Palácio da Justiça, Villefort foi abordado por Morrel que suplicou pela inocência de Dantès. Durante o interrogatório Dantès tomou conhecimento da carta anônima que havia sido escrita por Danglars e reafirmou que não conhecia ninguém que conspirava contra o Rei.
A surpresa maior foi quando Villeort tomou conhecimento de que a carta trazida por Dantès era endereçada ao seu pai, Senhor Noirtier, mas isto ele não revelou ao Dantès. Entretanto, disse que o conteúdo da carta era muito grave e que precisava mantê-lo preso ainda por algum tempo e que esse conteúdo não poderia ser revelado a ninguém e a jogou na lareira e deu conselhos para que ele não falasse dessa carta para ninguém. Villefort teve então uma ideia. Ele foi para Paris o contou para o Rei o conteúdo da carta, obviamente pensando em recuperar o seu poder.
Depois do interrogatório, por volta das 10 horas da noite, Dantès foi conduzido por soldados para um barco e deste avistou as casas de seu pai e de Mercedes. O tempo passa e Dantès ficou muito apreensivo. Logo, logo ele descobriu que estava sendo levado para o Castelo de IF, lugar sinistro e que quem nele entrasse jamais sairia dele com vida.
Encarcerado Dantès tentava provar sua inocência mas não conseguia provar que fora envolvido numa armação produzida por Danglars e Fernand. Então resolveu parar de comer. Dantès enfraqueceu não tinha mais forças, não enxergava e escutava muito mal. O carcereiro lhe perguntou o ele desejava. Ele respondeu que queria ver o diretor e que pagaria 100 francos se isso acontecesse. O carcereiro não aceitou e Dantès disse que poderia matá-lo. Depois disso, Dantès foi transferido para uma cela isolada no andar de baixo, iluminada apenas por uma pequena janela.
Certa noite Dantès ouviu um barulho semelhante ao de uma parede caindo. Ficou curioso em saber quem estava na cela ao lado e pensou que era alguém escavando a parede tentando fugir. Pediu então que o carcereiro trocasse seu prato de louça por uma panela de metal. A usou para escavar a parede. Depois de algum tempo conseguiu fazer contato com o vizinho até que se encontraram. Seu vizinho era o Abade Faria. Conversaram e soube que além de escavar um túnel o Abade estava escrevendo um tratado. O Abade lhe contou os detalhes de como tinha conseguido produzir tinta e papel. Dantès quis logo ver o tratado e o Abade o convidou para seguí-lo.
O Abade e Dantès entraram por um corredor subterrâneo e subitamente este imaginou que o Abade poderia aliviar o seu sofrimento. O Abade percebeu isso e lhe perguntou qual era o seu segundo pensamento e obteve como resposta: contar-lhe a minha vida. E Dantès assim o fez. Depois de um silêncio o Abade revelou um axioma do direito: “a verdadeira natureza humana odeia o crime e a injustiça” e acrescentou que a civilização não segue esse axioma.
Em seguida o Abade lhe dirigiu uma série de questões sobre o que tinha acontecido desde os momentos em que Dantès ainda estava no Faraó até o dia em que foi preso e interrogado por Gérard de Villefort. Depois dessa conversa Dantès voltou para a sua cela dizendo que precisava pensar em tudo o que conversaram. Após algumas horas passadas, o Abade apareceu e convidou Dantès para jantar em sua cela e durante o jantar Dantès pediu para ele lhe ensinar um pouco do que sabe, pedido este prontamente aceito pelo Abade, que ainda estimou um prazo de dois anos para efetuar esses ensinamentos.
Depois de algum tempo de ensinamentos, Dantès já sabia um pouco de tudo inclusive dos idiomas italiano, espanhol, inglês e alemão. Outros anos se passaram, e o Abade não menciona mais o desejo de fugir, e Dantès sentia-se quase feliz na companhia do amigo. Porém, certa manhã Dantès encontrou o Abade doente e este lhe revelou o local em que havia um remédio para o caso dele desmaiar. De repente o Abade desmaiou e Dantès deu-lhe o remédio salvando a vida dele. No dia seguinte, o Abade entregou a Dantès um papel dizendo-lhe que nele havia o mapa de seu tesouro que tinha sido propriedade do cardeal Spada já falecido e sem herdeiros.
Passadas algumas semanas o Abade teve uma nova crise e faleceu. Seu corpo foi enfiado em um saco. Dantès teve então uma idéia e levou o corpo do Abade para a sua cela e retornou se enfiando no saco. À noite os carcereiros amarram nos pés de Dantès um bola de ferro, o levaram e o jogaram ao fundo do mar. O mar era o cemitério do Castelo de If.
Foi assim que Dantès conseguiu fugir quatorze anos depois de sua prisão. Depois de muitas buscas encontrou a ilha de Monte Cristo e o tesouro que o Abade lhe deixara: a fortuna do cardeal Spada. De posse dela e com os conhecimentos do Abade, Dantès passou a ter uma boa vida. Soube que seu pai tinha falecido e que Mercedes tinha se casado com Fernand e que Danglars era banqueiro e que moravam em Paris.
Dantès, com sua fortuna construiu um palácio luxuoso na ilha de Monte Cristo, viajou muito e passou a se chamar Conde de Monte Cristo e deu inicio à sua vingança, como se verá a partir de agora.
A vingança começa com o encontro de Monte Cristo com Albert de Morcerf filho de Fernand (Conde de Morcerf) e Mercedes, quando o salvou em Roma, durante o carnaval.
Esse ato de "salvamento" é, na verdade, uma parte do plano de vingança de Dantès. Ele usa essa oportunidade para ganhar a confiança de Albert e se aproximar da família Morcerf. Albert, grato pela ajuda, o convida para visitá-lo em Paris, iniciando uma relação de amizade e admiração.
Durante essa visita, Albert apresenta o Conde de Monte Cristo à alta sociedade parisiense, incluindo seus pais, o Conde de Morcerf (Fernand) e a Condessa de Morcerf(Mercedes).
Dando prosseguimento ao seu processo de vingança, Dantès foi visitar Danglars, que se tornara banqueiro. Este estava surpreso com o pedido do banco de Roma, Thomson e French para que abrisse para o Conde uma conta de crédito ilimitado e chegou a pensar que se tratava de uma brincadeira.
Monte Cristo esclareceu Danglars e disse que o pedido estava correto. Danglars então respondeu que Monte Cristo lhe dissesse a soma que desejava pegar emprestado e combinaram seis milhões de crédito no primeiro ano. Para o dia seguinte Monte Cristo pediu 500 mil francos, metade em notas e a outra metade em ouro.
Haydée também estava em Paris. Ela é filha do Ali Paxá de Janina, um nobre grego e governante que foi traído e assassinado por Fernand e que a vendeu juntamente com a sua mãe como escravas. Após a morte de sua mãe, Haydée foi comprada e resgatada pelo Dantès - Conde de Monte Cristo. Ele a criava como sua protegida, tratando-a com respeito e dignidade.
Em julgamento, na Câmara dos Pares, Fernand, o Conde de Morcerf negou o ocorrido. Contudo, o Presidente da Câmara anunciou que havia uma pessoa que queria dizer tudo o que se passou em Janina. Era Haydée, que tirou o véu que usava se identificou e confirmou a história sobre Fernand que tinha sido publicada e era o objeto do julgamento que estava ocorrendo. Disse que ela e sua mãe tinham sido vendidas como escravas por Fernand e que o reconhecia, inclusive através de uma cicatriz que ele possuía em sua mão direita.
Depois desse escândalo, Fernand se suicidou e Albert e Mercedes doaram suas fortunas aos pobres e desapareceram de Paris.
Quinze dias depois, Dantès foi a residência de Danglars e este ao recebê-lo disse que estava assinando as promissórias que tinham acordado. Dantès recebeu as cinco promissórias e disse: É impressionante. Sobretudo se for pago em dinheiro e entregou o recibo. Nele estava escrito: “ Recebi, do senhor barão de Danglars, a soma de seis milhões de francos, que será reembolsada pelo banco Thomson e French, de Roma”.
No dia seguinte Danglars viajou para Roma para pegar esse dinheiro. Depois de pegá-lo tomou o caminho de Viena, onde pretendia se instalar. Entretanto, durante essa viagem, ele é capturado por uma quadrilha de bandidos italianos liderados por Luigi Vampa, que é aliado de Dantès. Os bandidos mantêm Danglars prisioneiro em uma caverna e começam a extorqui-lo, cobrando uma quantia exorbitante por cada pequena porção de comida e água que ele recebe. Em pouco tempo, Danglars perde todo o seu dinheiro e é reduzido à miséria.
No final, Danglars, agora empobrecido e humilhado, suplica por misericórdia. Ele se encontra fraco, faminto e sem nenhum vestígio do poder que antes possuía. O Conde de Monte Cristo finalmente se revela a Danglars como Edmond Dantès, o homem que ele traiu anos antes.
Surpreendentemente, Dantès decide perdoar Danglars. Os bandidos deram-lhe de comer e depois fizeram com que ele subisse em uma carruagem e o abandonaram no caminho.
Depois que Dantès conclui sua vingança, ele conversa com Haydée, e repetiu que ela estava livre para assumir o seu lugar no mundo, contando com as riquezas deixadas por seu pai.
O Conde percebeu a tristeza em Haydée e por fim lhe perguntou: O que você quer que eu lhe diga, Haydée? Que você será mais feliz se ficar aqui comigo?
Ambos declararam o grande amor que sentiam um pelo outro e juntos partiram rumo à esperança de um futuro feliz.
Porém, antes de partir para a ilha de Monte Crsto, Dantès deixou uma carta para o filho de Morrel, seu antigo patrão, o proprietário do navio Faraó, que foi o primeiro a reconhecer o seu valor e dar-lhe um voto de confiança, desejando-lhe que viva feliz, e que nunca se esqueça de que toda a sabedoria humana cabe em poucas palavras: esperar e ter esperança.
PS.: Resumo produzido como atividade da disciplina Língua Portuguesa.
Colégio Marista de Brasília - 8. Ano