Maurício Figueiredo

Maurício Figueiredo
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24 de novembro de 2024

20 FATOS CURIOSOS SOBRE POVOS DA ÁFRICA

 


1. Diversidade genética: Apresenta a maior diversidade genética do mundo porque a humanidade surgiu na África

2. Origem humana: De acordo com estudos antropológicos, todos os humanos modernos descendem de uma pequena população de Homo sapiens que viveu na África há cerca de 200.000 anos.

3. Língua mais falada na África: A suaíli é uma das línguas mais faladas na África, com mais de 100 milhões de falantes.

4. Cultura riquíssima: África tem milhares de grupos étnicos e línguas, o que a torna, culturalmente, um dos mais diversos continentes.

5. Civilizações antigas: Civilizações antigas africanas como Egito, Núbia e Mali foram avançadas em áreas como astronomia, matemática e arquitetura.

6. Primeiros reis e rainhas: África teve algumas das primeiras monarquias da história, como os faraós do Egito e os reis da Etiópia.

7. Contribuições musicais: A música africana influenciou grandemente os gêneros modernos como jazz, blues, rock, hip hop e reggae.

8. Atletas em destaque: Atletas de ascendência africana se destacaram em inúmeros esportes, destacando-se no atletismo, basquete, futebol e boxe.

9. Líderes dos Direitos Civis: Figuras como Martin Luther King Jr., Nelson Mandela e Malcolm X desempenharam papéis cruciais nos movimentos pelos direitos civis e pela igualdade.

10. Inovações científicas: Cientistas e inventores africanos fizeram contribuições significativas em diversos campos. Por exemplo, George Washington Carver desenvolveu centenas de produtos derivados de amendoim.

11. Literatura: Autores negros como Chinua Achebe, Toni Morrison e Chimamanda Ngozi Adichie deixaram uma marca indelével na literatura mundial.

12. Primeira mulher médica: Rebecca Lee Crumpler foi a primeira mulher afro-americana a obter um diploma de médico nos EUA em 1864.

13. Moda e estilo: Moda e estilo afro influenciaram globalmente com estilos distintivos como o dashiki e o uso de tranças e dreadlocks.

14. Arte e escultura: As culturas africanas têm tradições artísticas ricas em escultura, têxteis e pintura, com influências visíveis na arte moderna.

15. Alimentos básicos: Muitos alimentos básicos consumidos em todo o mundo, como café e cacau, têm origem em África.

16. Rituais e festivais: Há inúmeros rituais e festivais africanos que celebram a história, a cultura e as tradições, como o Festival de Máscaras em Burkina Faso.

17. Educação e sabedoria: Centros de aprendizagem antigos como a Universidade de Timbuktu foram reconhecidos pelo seu alto nível educacional na Idade Média.

18. Religiões: África é o lar de muitas religiões tradicionais, além de ter uma presença significativa de cristianismo e islã.

19. Medicina tradicional: As práticas de medicina tradicional africana são usadas há séculos e ainda são relevantes em muitas comunidades.

20. Resiliência histórica: Apesar de séculos de escravidão, colonialismo e discriminação, a diáspora africana demonstrou uma notável resiliência e capacidade de recuperação.

17 de novembro de 2024

O nascimento da República

No Brasil do século XIX, as disputas políticas envolviam, basicamente, liberais e conservadores que, no período regencial, organizaram-se no Partido Progressista e no Partido Regressista, respectivamente — a partir do Segundo Reinado, adotaram os nomes de Partido Liberal e Partido Conservador. Em geral, os liberais, ou luzias, eram profissionais liberais e agricultores voltados ao mercado interno, e os conservadores, ou saquaremas, pertenciam à burocracia estatal e estavam ligados ao comércio e à produção agroexportadora. Enquanto os liberais defendiam mais autonomia para chefes locais, os conservadores apoiavam a centralização do poder. Apesar das divergências, os dois grupos julgavam ser importante a preservação da ordem social e representavam os interesses da elite escravista e proprietária de terras.

A ascensão de D. Pedro II ao trono representou a retomada do controle político por parte da monarquia. Por meio do Poder Moderadoro rei interferia no jogo do poder entre os dois principais partidos, impedindo que algum deles se impusesse. Cooptando chefes políticos, distribuindo cargos e títulos de nobreza (como os de barão, conde, duque) e intervindo diretamente na composição dos ministérios e do Senado, D. Pedro II assegurava a estabilidade política necessária para a preservação dos privilégios das elites nacionais e a manutenção da unidade política e territorial do Brasil.

D. Pedro II, de Henrique Fleiuss (1824-1882), representado 

como o rei redentor, acima das divergências políticas, 

capaz de assegurar a moderação e o equilíbrio para a nação.


A agitação política que caracterizou o período regencial prosseguiu nos primeiros anos do reinado de D. Pedro II. O Partido Liberal ganhou um gabinete, com seus representantes, em retribuição por seu apoio na questão da maioridade, e saiu vitorioso no pleito para a Câmara dos Deputados, em 1840. Contudo, os liberais foram acusados de fraude e coação, e as eleições ficaram conhecidas como “eleições do cacete”. Diante das denúncias e da pressão dos conservadores, no ano seguinte, D. Pedro II destituiu o gabinete de maioria liberal e o substituiu por outro, de perfil conservador.


Em 1842, atendendo às exigências do novo gabinete, o monarca anulou as eleições para o Legislativo, provocando a reação dos liberais. Nas províncias de Minas e São Paulo, eclodiram revoltas contra a centralização do poder. A sublevação teve início na cidade de Sorocaba, em São Paulo, motivada pela substituição do Presidente da Província, Coronel Rafael Tobias de Aguiar, por José da Costa Carvalho, o Barão de Monte Alegre. A revolta em Minas eclodiu alguns meses depois, liderada por Teófilo Ottoni e com adesão da Guarda Nacional. Os dois focos foram sufocados pelas tropas imperiais, mas seus líderes acabaram anistiados em 1844. O oficial responsável por debelar os movimentos liberais já havia liderado a repressão à Balaiada: o Barão de Caxias. Anos mais tarde, ele desempenharia papel central na Guerra do Paraguai.


Enquanto o crescimento da economia cafeeira beneficiava as províncias do Sudeste, Pernambuco sofria com a diminuição das exportações de açúcar e de algodão. Ao mesmo tempo, a população via o custo de vida aumentar em razão dos privilégios concedidos aos comerciantes portugueses, que monopolizavam a venda de víveres e outros produtos na região. Por essa razão, manifestações de rua com agressões a portugueses e estrangeiros, assim como saques a armazéns, passaram a ser comuns em Recife. Na esfera política, o poder concentrava-se nas mãos de poucas famílias, que defendiam seus interesses e davam as costas aos demais habitantes da província.


Para reagir a essa situação, um grupo de liberais radicais, organizado em torno do jornal Diário Novo, fundou em 1842 o Partido da Praia — os liberais eram chamados de “praieiros” em referência à Rua da Praia, no Recife, onde se situava a sede do jornal. Em 1848, após D. Pedro II nomear para presidente da província um conservador, os praieiros reagiram contra o poder central. Armados, tomaram Olinda e se espalharam para outras regiões de Pernambuco, recebendo a adesão da população mais pobre. Os revolucionários defendiam a substituição da monarquia pela república, o fim dos privilégios comerciais dos portugueses, a liberdade de imprensa e o voto universal. Mais uma vez, porém, o poder central enviou tropas para combater os sublevados, que foram derrotados no ano seguinte.

Charge, intitulada Le roi s’amuse (“o rei se diverte”, em francês), 

foi desenhada por Cândido Faria e publicada no jornal O Mequetrefe, 

no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1878.


Obviamente o Cândido Faria utilizou a ilustração anterior para retratar agora que o D. Pedro II agora moderava a preservação do regime monárquico e e aqueles que desejavam implantar a República. No centro observa-se também o indicativo de uso de armas, tendo em vista as revoluções já citadas ( Revolução dos Liberais, 1842 e Revolução Praieira, 1848) e as que estavam por vir.


A partir dos anos 1850, a Monarquia perdeu gradualmente o apoio político. A economia mundial se transformava, a cafeicultura era sucedida pela urbanização e pela industrialização, a Guerra do Paraguai provocava mudanças no Exército e na sociedade, novos grupos sociais se formavam e tinham interesses divergentes das elites agrárias. Na década de 1880, só o Brasil em toda a América ainda era escravocrata e monarquista — na época, ganhou até o apelido de “flor

exótica do continente”. A manutenção do regime monárquico já não interessava às novas elites que se projetavam no cenário político-econômico nacional.


Ideias e projetos republicanos circulavam pelo Brasil há muitos anos, desde o fim do período colonial. Estiveram nos planos dos líderes da Inconfidência Mineira, da Conjuração Baiana, da Confederação do Equador, entre outros movimentos rebeldes que eclodiram no Brasil entre o fim do século XVIII e a primeira metade do século seguinte.


No entanto, foi somente na segunda metade do século XIX que a ideia de fundar uma República no Brasil começou a ganhar corpo e angariar mais adeptos, inclusive nas províncias de Rio de Janeiro e São Paulo.


Em 1870, ano em que terminava a Guerra do Paraguai, políticos liberais identificados com a luta abolicionista começaram a organizar um movimento em defesa da substituição do regime monárquico pelo republicano. Sob a liderança de nomes como Quintino Bocaiúva e Silva Jardim, esses liberais fundaram no Rio de Janeiro o jornal A República, onde publicaram o Manifesto Republicano, defendendo, entre outras coisas, maior autonomia para as províncias, o fim dos cargos vitalícios no Senado e o Estado laico. A partir de então, diversos clubes republicanos se espalharam pelo país, especialmente pela região Sudeste. Em 1873, era fundado o Partido Republicano Paulista, na cidade de Itu, próspera região de produção cafeeira.


Os últimos anos da década de 1880 evidenciaram a incapacidade de da Monarquia dialogar com os novos agentes sociais que emergiam no cenário político brasileiro e buscavam meios de ver atendidas suas demandas. As elites agrárias ligadas à cafeicultura pressionavam por mais autonomia para as províncias, para que pudessem interagir de maneira independente com o mercado internacional. Os militares, por sua vez, ao lado das camadas médias urbanas, com quem se identificavam, ansiavam por maior protagonismo político. Enquanto isso, as antigas bases de apoio do governo derretiam: com a difusão do Positivismo, crescia o secularismo, reduzindo a influência da Igreja. Os grandes proprietários do Nordeste, irritados com a assinatura da Lei Áurea, retiraram seu apoio à Monarquia, e muitos passaram a integrar as fileiras republicanas. Além disso, uma crise econômica decorrente dos gastos com a Guerra do Paraguai fazia aprofundar a insatisfação de vários setores da sociedade.


Em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, uma conspiração militar depôs o imperador D. Pedro II e proclamou a República. Enfraquecido politicamente, o imperador deposto foi incapaz de organizar qualquer reação. Ele e sua família, obrigados a deixarem o Brasil, partiram para Paris. D. Pedro II morreu no exílio dois anos depois.


PS.: Resumo produzido como atividade da disciplina História.

Colégio Marista de Brasília - Ensino Fundamental, 8. Ano